domingo, 29 de agosto de 2010

fechar os olhos .

sinto-te como se estivesses aqui, com o braço em cima do meu ombro, com os teus lábios a tocarem - levemente - a minha bochecha rosada .
oiço-te como se me sussurrasses ao ouvido os segredos de uma vida á espera de paz e serenidade .
respiro o mesmo ar que tu e consigo distinguir o teu perfume no meio da fusão de odores que me entram pela janela, entrearberta, do quarto .
abraças-me, parcialmente, fazendo com que me sinta completamente fundida contigo .
fecho os olhos e perco-me em ti, nos teus braços, no teu cheiro, nas tuas palavras .
nao quero que saias daqui, nao quero que me largues . aperta com mais força, funde-me ainda mais contigo .
e de repente começas a passar os dedos na minha pele, dizendo tudo o que te passa pela cabeça .
e recomeço a lembrar tudo aquilo que me encantou em ti .
mesmo eu estando de olhos fechados, sei que me olhas como se nao houvesse amanha, sei que procuras descobrir um ponto em mim que te tinha passado despercebido .
sugas-me a alma de tanto me olhares . e quando me beijas perto do pescoço, o meu corpo estremece e a minha pele arrepia .
e ficava assim contigo .fundidos só os dois, arrepiados só os dois, de olhos fechados a ouvir os desejos a falarem mais alto que o nosso próprio silêncio .
e quando o sono me começa a pesar, sinto que me cobres com o lençol fino e me fazes carinhos no cabelo .
fazes.me querer dormir durante o resto da minha vida .

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